Segundo o Relatório de Riscos Globais de 2022, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, as pesquisas realizas neste ano indicam que os dois mais graves riscos de escala global ao longo dos próximos 10 anos serão a falha nas ações para contenção das mudanças climáticas e o clima extremo, ou seja, o combate às mudanças climáticas pode ser considerado o principal desafio enfrentado pela humanidade na próxima década.
Considerando-se que os Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes da queima de combustíveis fósseis são atualmente os maiores contribuintes para o aumento da temperatura da Terra, o uso de fontes renováveis de energia é um dos principais instrumentos para combater às mudanças climáticas.
Logo, estimular o uso do aquecimento solar de água em residências e no segmento industrial, pode contribuir de forma significativa para o cumprimento das metas globais. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), por endereçarem os principais desafios globais da atualidade, são o grande direcionador dos esforços conjuntos a serem empenhados, tanto pelos países, quanto pelas empresas, instituições e sociedade civil, para uma prosperidade do planeta de forma sustentável, resiliente e justa, afirma a especialista Ambiental do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Liv Nakashima Costa.
Segundo ela, independente da fonte, a geração de energia elétrica e seus processos de transformação até chegar ao consumidor final causam impactos socioambientais em maior ou menor grau, portanto, a redução do seu consumo deve ser a primeira medida a ser adotada, quando possível. Esta redução pode se dar por meio de ações diversas, incluindo medidas de melhoria de eficiência energética, aproveitamento de calor gerado em equipamentos que utilizam motores a combustão para outras finalidades, como aquecimento de água, e uso de energia solar térmica para aquecimento de água, por exemplo.
O presidente da ABRASOL, Luiz Antonio dos Santos Pinto, lembra que os ODS foram estabelecidos pela ONU em 2015, em substituição aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que deveriam ter sido alcançados naquele ano, mas fracassaram. Agora, para o cumprimento da Agenda 2030 só restam oito anos à civilização. “Não podemos falhar de novo, numa conjuntura global de desemprego, aumento da insegurança alimentar e consequências já graves das mudanças climáticas, como se observa no presente verão do Hemisfério Norte, onde o calor está causando grandes danos à saúde pública, às empresas e à economia.”
A FIESP, que tem longo histórico de atuação no fomento ao desenvolvimento sustentável da indústria e no apoio técnico à conformidade ambiental do setor, está atenta ao tema. Buscando agregar conhecimento de excelência às discussões relacionadas ao ESG no setor industrial, firmou parceria com a FIA Business School, por meio de um Termo de Cooperação Técnica, através do qual veem promovendo ações de sensibilização do setor quanto à temática, como webinars e workshops, ampliando o engajamento da indústria e disseminando conteúdo de qualidade.
Os resultados da pesquisa “Rumos ESG na indústria Paulista”, realizada pela parceria FIESP e FIA, demonstraram a importância da atualização das empresas em suas estratégias e planejamento, incorporando as questões relacionados a ESG para que se mantenham competitivas nesta nova perspectiva de mercado.
O presidente da ABRASOL reforça que é grande a responsabilidade de governos, sociedade, formadores de opinião e universo corporativo no sentido de viabilizar o êxito da agenda mundial voltada ao desenvolvimento sustentável, ancorada no bem-estar das pessoas, preservação ambiental, prosperidade e paz. Nessas metas, a questão energética é estratégica.”