A Diretora Executiva da ABRASOL, Danielle Johann, como representante da América Latina na Tarefa 69 da Agência Internacional de Energia (IEA), vem participando de algumas ações da entidade, dentre elas, um meeting com especialistas de várias partes do mundo sobre as mudanças climáticas através do uso de aquecimento solar.
O objetivo dessa participação é agregar dados sobre a região, cases de sucesso, investigação de novas tecnologias, com a meta de atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). Por meio de Subgrupos, o IEA realiza uma Força Tarefa para investigar quais tecnologias são mais apropriadas agora e até 2030 para o aquecimento da água.
Tendo aberto as apresentações, Danielle, procurou fornecer dados sobre o mercado de energia solar térmica no Brasil, destacando que o país ainda utiliza uma grande quantidade de eletricidade para aquecimento de água em residências e nos estabelecimentos comerciais.
Danielle ressaltou a constante evolução tecnológica e a utilização de quase 100% dos materiais nacionais na fabricação dos sistemas, sendo que 70% da demanda de aquecedores solares de água utilizam o sistema de termossifão, exceto os coletores de piscinas. Por outro lado, o sistema de PVT é muito pouco utilizado no país.
Vale ressaltar que o grupo trabalha com os dois tipos de tecnologia: PVT e térmico. “Houve um grande interesse dos participantes pelo mercado brasileiro. Expliquei que o PVT, que trabalha com uma tecnologia combinada entre o térmico e o fotovoltaico, não se aplica a nossa realidade, além de ter um custo maior.”
O grupo demonstrou muito interesse em conhecer como o Brasil está estruturado, como funciona a acreditação por parte do Inmetro e o percentual de sistemas que utilizam o sistema de termossifão. “Nosso país foi muito elogiado, ficou claro que tecnologicamente estamos no mesmo nível que os demais países do mundo.”
A diretora da ABRASOL explica que o grupo está em fase de levantamento de dados. São comparadas obras e instalações de vários países para troca de informações sobre as tecnologias, de acordo com o clima e as peculiaridades. O meeting durou cerca de seis horas. Até junho os especialistas deverão elaborar um questionário que será respondido por representantes de vários países. O próximo meeting está programado para o mês de dezembro na Austrália.